Regionais 2016: Artur Lima diz que só o CDS pode retirar a maioria absoluta ao PS

O Presidente do CDS-PP Açores, Artur Lima, afirmou, este sábado à noite, em São Jorge, que “só o CDS-PP está em condições de retirar a maioria absoluta ao PS” nas eleições regionais marcadas para 16 de outubro próximo e é o único partido capaz de “evitar uma geringonça nacional replicada no parlamento regional com a extrema esquerda comunista e do bloco a governar também nos Açores”.  

Na sessão pública de apresentação da lista de candidatos dos populares pela ilha de São Jorge, com o Auditório Municipal das Velas cheio, Artur Lima brincou com a sigla do seu partido para apelar ao voto útil: “Por isso temos que votar CDS – Como Deve Ser… Vote Como Deve Ser, vote CDS”.

“Só há um partido que pode tirar a maioria absoluta ao PS e este partido chama-se CDS. Mais nenhum partido está em condições de retirar a maioria ao PS e, por isso, é fundamental eleger deputados do CDS em todas as ilhas. Não é o PSD que consegue tirar a maioria ao PS, é o CDS. O voto útil, o voto que dá valor a São Jorge, que dá valor aos Açores é o voto no CDS”, insistiu.

Na presença do Secretário-geral nacional do Partido, Pedro Morais Soares que se deslocou a São Jorge para apoiar a candidatura do CDS, o Líder Regional democrata-cristão alertou ainda os eleitores para “um engano do regime”: “Há por aí a arrogância de dizerem que são candidatos a presidente do governo. Não há candidatos a presidente do governo. Quem diz que é candidato a presidente do governo engana, todos os dias, os Açorianos. E se já enganam antes das eleições, imaginem depois de serem eleitos?”.

Lima diz que um dos objetivos do CDS na próxima Legislatura “é devolver a dignidade ao Parlamento dos Açores” e acrescenta que isso só se consegue “colocando as decisões políticas no Parlamento, retirando a maioria ao PS, negociando todas as propostas no Parlamento”.

Recordando que em atos eleitorais passados o seu partido já “foi vítima do voto útil”, Artur Lima adverte agora que “não há desculpas, por todas as razões e mais uma, o voto útil desta vez é mesmo no CDS e, por isso, vamos convencer os nossos vizinhos, amigos, colegas de trabalho, que, desta vez, vale mesmo a pena votar no CDS se se quer evitar uma geringonça nacional replicada no parlamento regional com a exterma esquerda comunista e do bloco a governar também nos Açores”.

Para o Presidente do CDS-PP Açores um bom exemplo da má governação em maioria absoluta é a própria ilha de São Jorge que, afirmou, “estaria muito mais no mapa se não houvesse maioria absoluta, porque a maioria tinha sido obrigada a negociar todas as propostas que o CDS fez para contribuir para o desenvolvimento da ilha”.

Artur Lima lembrou as propostas relativas à promoção do turismo cinegético na ilha (que o PS chumbou), o Plano Integrado de Desenvolvimento das Fajãs de São Jorge (que a governação não aplica, apesar de ter sido aprovado), a melhoria dos transportes marítimos de passageiros entre as ilhas do Grupo Central com o estacionamento em permanência de um dos novos barcos da Atlânticoline em São Jorge (que o PS chumbou) ou até os cortes impostos na deslocação de médicos especialistas à ilha, para reforçar o apelo ao voto no CDS, nas Regionais de 16 de outubro.

No seu discurso, muito aplaudido pelos presentes, o Líder centrista destacou ainda que as políticas do CDS são centradas “na família”, recordando três das propostas regionais que os populares defendem nesta campanha: o incentivo à natalidade, através do apoio de 1000 euros ao nascimento de novos filhos; o apoio ao ingresso dos jovens no ensino superior e a redução, em três anos, da idade de reforma dos açorianos face aos continentais.  

 

São Jorge precisa de

Deputados do CDS-PP

 

Já Catarina Cabeceiras, independente, cabeça de lista do CDS-PP por São Jorge aproveitou o seu discurso para alertar os Jorgenses para os perigos de não se voltar a eleger deputados do CDS que possam defender a ilha.

“Agora, mais do que nunca, é fundamental dar força ao CDS-PP para que São Jorge não volte para trás. Desde 2008, que os Jorgenses têm vindo a mostrar uma enorme maturidade política e um grande sentido democrático. Desde que São Jorge passou a ter um Deputado do CDS eleito e desde que os Jorgenses se libertaram das amarras dos tradicionais partidos da governação, a nossa ilha tem sido falada, defendida, tem sido olhada com outra atenção por parte dos principais responsáveis da governação regional”, disse.

A candidata insistiu também na mensagem de que em São Jorge “os nossos votos não servem para eleger Presidentes do Governo”, antes, referiu, “os nossos votos só servem para garantir um quadro de pluralidade que possa permitir que São Jorge continue a ser falado, defendido e apoiado por quem vier a governar os Açores”.

Traçando o cenário onde a dinamização da economia é fulcral Catarina Cabeceiras acentuou que “PS e PSD são demasiados iguais no essencial e pouco diferentes nas políticas que preconizam”, salientando que “São Jorge só chegou onde chegou porque falharam as políticas públicas que poderiam ter ajudado a fixar jovens, atrair mais famílias, proporcionar novos negócios, criar mais empregos, gerar mais riqueza, vivermos mais felizes”.

A candidata popular atribui “responsabilidade a uma governação que se perpetua no poder há 20 anos”, afirmando que “as políticas do PS – na saúde, impondo austeridade; na educação, fechando escolas nas freguesias; na agricultura, asfixiando o setor cooperativo; nas pescas, não proporcionando melhores condições aos pescadores; nos transportes, não implementando um sistema integrado e que garanta regularidade e maior aproximação entre São Jorge e o resto do Grupo Central – levaram a uma estagnação da economia, que gerou desemprego, apatia social, emigração, falta de capacidade de fixação de jovens, e que deve merecer dos Jorgenses uma forte reflexão”.

Assim, preconizou, “o que São Jorge precisa é de dinamizar a sua economia”, “valorizar os nossos produtos”, frisando que “não podemos continuar a receber prémios pelo nosso queijo e produzir um dos melhores leites da Europa, sem que os nossos agricultores não sejam pagos pelo justo valor do seu trabalho e sem que as nossas fábricas não tenham dificuldades de escoamento do queijo, obrigando-se muitas vezes a vender um produto de alto valor acrescentado como produto de marca branca”.

Nas pescas, prosseguiu, “não podemos continuar a ter pescado de qualidade reconhecida, conservas premiadas internacionalmente, sem que os nossos pescadores e as nossas indústrias transformadoras não sejam capazes de exportar em tempo útil, valorizando o rendimento dos nossos pescadores; Não podemos continuar a usar as imagens das nossas fajãs para fazer promoção turística da ilha e dos Açores sem que se invista a sério no Plano Integrado de Desenvolvimento das Fajãs de São Jorge, proposto pelo CDS, aprovado pela Assembleia, mas esquecido pela governação socialista… Este Plano permitiria a afetação de fundos comunitários à ilha de São Jorge, dinamizando o setor da construção civil, gerando recuperação de património, conservação de trilhos, potenciando o surgimento de novos negócios e empresas ligadas ao setor turístico”.

Catarina Cabeceiras referiu ainda que a ilha “não pode continuar a olhar para a rede de transportes e ver que ela é insuficiente e desarticulada” e que “não pode continuar a ter um serviço de saúde que corta na deslocação de especialista à ilha, que não articula com os hospitais as deslocações dos doentes”.

Referindo que “todos os que se candidatam pelo CDS-PP acreditam que é importante manter uma voz ativa de São Jorge no panorama regional”, a cabeça de lista destacou as qualidades da sua lista: “A lista que hoje apresentamos é jovem, equilibrada e está renovada, com pessoas de diferentes áreas, experiências e de diversos sectores, de várias freguesias da nossa Ilha. Esta lista revela que há uma nova geração de Jorgenses que está disponível para encontrar soluções para o futuro na nossa Ilha, para procurar respostas positivas para os novos desafios, acreditando e defendendo ideias e propostas sempre em prol do desenvolvimento de São Jorge, defendendo sempre os superiores interesses e valores dos Jorgenses! A candidatura do CDS-PP apresenta uma nova dinâmica pessoal e pretende encontrar respostas para Dar Valor a São Jorge”.

 

Velas, 17 de setembro de 2016