Plano e Orçamento 2017: CDS-PP aberto ao diálogo, mas exige “nova postura” do Governo socialista

A vice-presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores, Graça Silveira, afirmou, esta sexta-feira, que o seu partido está aberto “ao diálogo franco e construtivo” com o Governo Regional, no âmbito das propostas de Plano e Orçamento para 2017, mas exigiu ao executivo “uma nova postura”, considerando “incompreensível que iniciativas há muito aprovadas nunca cheguem a ser implementadas”.

Após uma audiência com o Presidente do Governo, no Palácio de Sant’Ana, em Ponta Delgada, no âmbito da auscultação que este está a fazer a todos os partidos políticos e parceiros sociais, Graça Silveira deixou várias sugestões ao executivo no âmbito do turismo, mas exigiu a Vasco Cordeiro o compromisso de “serem implementadas” as propostas que a maioria socialista aprova às bancadas da oposição.

Acompanha pelo Secretário-geral do Partido nos Açores, Pedro Pinto, a parlamentar e dirigente popular manifestou “ao Sr. Presidente do Governo que, nesta nova legislatura, haja uma nova atitude por parte do Governo para com as propostas do CDS”, pois “é incompreensível que iniciativas há muito aprovadas nunca cheguem a ser implementadas e outras apesar de serem implementadas acabem completamente desvirtuadas”. Exemplificando, Graça Silveira apontou o exemplo da proposta do CDS para a recuperação da histórica lancha Espalamaca: “vai acabar por morrer em doca seca, ao invés de voltar a navegar. O CDS insiste que é fundamental a motorização da Espalamaca, dando-lhe a dignidade que merece e colocando-a ao serviço do turismo”.

Por falar em turismo, prosseguiu, “o CDS considera crucial e estratégico que as nossas potencialidades turísticas sejam bem trabalhadas”, pelo que os democratas-cristãos apresentaram ao chefe do executivo “rosa” duas propostas para melhorar a formação e combater a sazonalidade no setor: “falo na criação de um programa de estágios para que os jovens recém-licenciados em turismo possam fazer parte da sua profissionalização em unidades hoteleiras do espaço da Macaronésia, nomeadamente nas Canárias e na Madeira, durante a época baixa”, potenciando o seu regresso aos Açores na chamada época alta. Por outro lado, acrescentou, “precisamente para fazer face à sazonalidade e à época baixa”, os populares vão insistir na apresentação da chamada “Medida 30-30” que pretende ser um apoio às unidades hoteleiras para que “nos meses em que apresentem uma taxa de ocupação inferior a 30% sejam apoiadas em 30% do total dos gastos energéticos, que representam um enorme peso nos custos fixos”.

Assim, em conclusão, e mantendo o espírito de oposição construtiva e dialogante, os centristas esperam que “em 2017 o Governo finalmente implemente propostas nossas há muito aprovadas, como a criação do Espaço Museológico dos Cabos Submarinos na Horta e o Plano Integrado de Desenvolvimento das Fajãs da Ilha de São Jorge, para que possam estas boas medidas do CDS aprovadas pelo Parlamento contribuir para o desenvolvimento dum setor estratégico para a Região como é o turismo, contribuindo assim para a criação de emprego que é o que os Açorianos tanto precisam”, finalizou Graça Silveira.  

  

Angra do Heroísmo, 13 de janeiro de 2017